Em 19 de dezembro de 2016, a Assembleia
Geral das Nações Unidas adotou uma resolução (A/RES/71/178) sobre os Direitos
dos Povos Indígenas, no qual foi proclamado 2019 como o Ano Internacional das
Línguas Indígenas, conclamando a preservação, promoção e revitalização das
línguas ameaçadas.
Em um esforço para enfrentar os
desafios impostos pela perda crítica de línguas indígenas, a UNESCO foi convidada
a servir como uma agência líder para o ano, agindo para garantir a diversidade
linguística e fomentar o diálogo intercultural.
Segundo a UNESCO, aproximadamente 600 línguas desapareceram no século
passado e continuam a desaparecer a cada duas semanas.
Cerca de 90% das línguas do mundo provavelmente desaparecerão antes do final
deste século se as tendências atuais continuarem.
Ethnologue - Languages of the world, afirma que, pouco mais de 7.000 línguas são faladas no mundo de hoje.
Cerca de 1/3 delas está em perigo com menos de 1.000 falantes restantes. Mais
da metade da população mundial fala apenas 23 idiomas.
O fato da maioria dessas línguas serem indígenas coloca em risco as
culturas e os sistemas de conhecimento desses povos. Além disso, os povos
indígenas são muitas vezes isolados política e socialmente nos países em que
vivem, seja pela localização geográfica de suas comunidades, seja pelas suas
histórias, culturas, línguas e tradições.